Se anime, vamos seu idiota, se anime, ela nunca sequer existiu de verdade. Deve existir algo extremamente doentio e errado comigo. Tudo que consigo ver são estrelas cadentes, minha cabeça está cheia delas. E todas me caem sobre o mesmo parque, todas carregando seu rosto lindo, suas mãos delicadas segurando sua literatura salvadora. E cada estrela que explode na minha cabeça me joga beijos, abraços, nuvens de névoa, ombros roçando um no outro.
Vamos se anime! Não vai ficar o dia todo agora trancado no quarto, ouvindo o mesmo disco de novo e de novo. Com certeza tem alguma coisa errada comigo. Acho que estou buscando a cura nessa velha vitrola. Em melodias cirúrgicas dos únicos que realmente me entendem. Se fosse um pouco mais simples, mas não, não é! Existe apenas essa banda que me entende, e a isolação é tudo que me resta.
Mesmo porque todo esse conto de fadas não faz o menor sentido. Essa distância nunca enfrentada não é capaz de fazer o amor algo tangível. Mas por favor, seu merda, se anime! Eu tenho certeza que posso me animar. Mesmo tendo algo errado comigo. Mesmo com essas estrelas explodindo no meu cérebro. Esses beijos, abraços, essa nuvem de paz que nunca existiu.
Vou dar um jeito de me animar... mesmo que essa distância metafísica entre eu e ela torne o amor algo totalmente incompreensível.
terça-feira, abril 29, 2008
3 - Radio Cure
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