domingo, setembro 19, 2010

Naked and Famous

Boa.

E vem lá da Nova Zelândia. Vi lá na Popload.

terça-feira, setembro 14, 2010

Uma luz pra música Pop.

Um respiro aliviado de que a música não morreu.

Francis and The Lights!

Por que? Por que ninguém conhece?

sexta-feira, agosto 20, 2010

De volta? GeorgeFest I

Pensamentos e mais pensamentos. Tenho tentado fazer mais do que posso. Algumas atitudes talvez sejam um passo para frente. Outras nem tanto. É foda tentar fazer algo realmente relevante no mundo. Esse blog, já foi uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Hoje, é algo quase esquecido.

Acredito que se tudo der certo, o blog vai mudar, bastante, no entanto, vai sobreviver.

Rapidinhas:

- Novo do National – High Violet é muito bom. Consegue manter o nível do já excelente The Boxer. Destaque para a faixa de abertura Terrible Love. Desde já candidata a uma das melhores do ano.

- A banda vai bem. A troca de baixista foi boa para todos. O antigo pode seguir com suas aspirações, o novo deu uma energia fantástica para a banda. Esse ano já fizemos mais shows do que na nossa história. O próximo passo é um pequeno festival que estamos organizando para beneficiar a música independente e autoral. A primeira edição é na semana que vem, dia 25, no Dinossauro Rock Bar. Bandas convidadas Hacienda e Súbita (Direto de Manaus). Não percam.

quinta-feira, maio 20, 2010

Show George - Esse sábado

Quem quiser, antecipado comigo é 10 reais. Avisar.

domingo, fevereiro 28, 2010

Educação



Esperei muito pelo filme Educação, com o roteiro assinado por Nick Hornby. Talvez parte da empolgação venha do trailer bem feito e que realmente instiga. O resultado acabou sendo agradável. O filme acera em diversos aspectos.

Antes de tudo, é preciso entender que não é uma refilmagem de Lolita. A intenção não é essa e o filme toma outros rumos. Existe sim a colegial que se apaixona pelo homem mais velho, mas longe de toda a malícia e toda a polêmica do clássico.

As atuações são na média, nada demais, o único brilho mesmo fica por conta da jovem Carey Mulligan que brilha no papel da protagonista. Não é uma atuação de gala, mas não escorrega e convence. O seu par já não brilha tanto, e até chega a perder quando entra em cena o colega de golpes.

Um grande destaque fica para a parte que se passa em Paris. Existe todo um clima diferente ali e muito agradável. É sempre bom ver as cidades européias nas telas. O charme é incrível e ainda não existe lugar no mundo que se compare ao velho mundo.

O grande defeito do filme é o desfecho. Partindo completamente para o óbvio e de certa forma até acelerado demais, o filme acaba por baixo, perdendo a chance de encerrar em grande estilo. Nick Hornby mostra cada vez mais que perdeu a mão e depois de seus primeiros livros o estoque de idéias pop se esgotaram. Uma pena.

Nota: 8

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

O Amor Segundo B. Schianberg



O Amor Segundo B. Schianberg é uma porcaria. O pior é que vende como filme arte ou Cult. Não tenho tantos argumentos para justificar a porcaria de filme que é.Mas digo que a industria de cinema as vezes esquece que fazer filme pode ser muito mais simples.

O filme só não é pior por causa do vídeo arte que entra no final, que consegue ser mais sofrível. Primeiro que o filme é vendido de uma forma bastante falsa. O Amor Segundo B. Schianberg é um livro do maravilhoso romance Eu Receberia As Piores Notícias de Sua Linda Boca de Marçal Alquino. Diga-se de passagem, esse romance é um puta livro da literatura brasileira. Uma pancada na cara, forte e muito bom mesmo.

Um filme que carrega uma referência dessas devia se preocupar em honrar a obra original. E não apenas usá-la como um argumento barato para um filme experimental meia boca. Não preciso ir muito longe para discursar sobre a trama. Casal é submetido a uma experiência de como nasce e cresce o amor.

Criando uma situação forçada, eles vivem em um apartamento durante algumas semanas e num esquema big brother de ser acompanhamos a montagem preguiçosa dos melhores momentos. A única esperança para uma obra dessas era um casal de atores monstro. Não temos isso, são atores comuns e que nem de perto seguram tamanha responsabilidade.

A edição também por vezes tenta demais fazer uma arte jererê que não funciona e só nos leva a bocejar diante as tentativas pretensiosas do filme Adianto que não assisti a série na TV cultura e não consigo imaginar que o resultado seja muito melhor. Infelizmente sou classicista demais para admitir que um filme sem roteiro, sem fotografia, sem sonoplastia e sem bons atores possa ser por mais que experimental bom.

Como experiência, valeu, é bom sair do molde engessado do cinema nacional. Como obra, foi um tiro no pé fraquíssimo. Não quero nem citar como fiquei desapontando, afinal Beto Brant é pra mim um dos nomes do cinema nacional. Espero que sua próxima empreitada volte aos trilhos.

Forte candidato a pior experiência em uma sala de cinema.

Nota: 0,5

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Preciosa - Uma história de esperança



É bom quando entramos no cinema com uma expectativa e esta é totalmente superada. Preciosa não é um filme fácil. É uma história até certo ponto perturbadora e que tem conteúdo. Muito diferente do cinema pastiche que tem sido feito.

Sem dúvida o grande mote do filme são as duas atuações sensacionais. Preciosa, nossa heroína é uma garota obesa, negra, moradora de um bairro barra pesada de Nova Iorque, que coleciona mais problemas do que veremos em nossa vida toda provavelmente. Algumas vezes questionei o quanto é atuação e o quanto talvez seja a atriz se expondo ali. Já a segunda atuação memorável vai para a mãe de nossa protagonista que leva fácil o prêmio de personagem mais asqueroso da história do cinema.

Outras duas atuações surpreendem muito, Mariah Carey e Lenny Kravits se mostraram bastante honestos e fizeram seus papeis com firmeza. Na verdade acredito que ambos sejam até melhores aqui do que na sua suposta música. Gosto a parte, acredito que ambos se saíram muito bem mesmo.

Toda história de outsiders me agrada. E aqui não foi diferente. Nossa pesada protagonista não se ajusta, é expulsa de sua escola e acaba sendo aceita em um grupo de estudos especial. Ali temos nossa pequena turma de desajustadas dos mais diversos tipos, guiadas por uma professora dedicada que mais tarde se revela lésbica. Tinha tudo para dar errado, mas dá muito certo.

A história é contada de forma bem humorada e com os pés no chão. Sempre de uma forma bastante convincente e humana. É até surpreendente ver o Oscar se lembrar de um filme tão independente e fora dos padrões de Hollywood. A safra deste ano continua ótima. Mais uma recomendação.

Nota: 9

sábado, fevereiro 13, 2010

A Fita Branca




Acho que o primeiro ponto a destacar desse filme é a belíssima fotografia preta e branca. Não existe como imaginar o filme de outra maneira. Parece que o branco da neve fica ainda mais forte, os personagens ganham ar mais imponente. Tudo conspira a favor tomando como mote de partida a escolha pelo preto e branco.

Quem está acostumado com os filmes de Haneke sabe que ele sempre tende a abordar temas sobre violência de uma forma bastante direta e crua. Neste novo trabalho não poderia ser diferente. Ainda que ganhe uma nova forma de explorar o tema, a velha tentativa do diretor de explicar a origem do mal continua ali.

Veja bem, essa é uma forma de olhar o filme. Não deve se restringir a isso. O filme caminha em um ritmo bastante próprio por mais de duas horas. A construção do clima da aldeia é meticulosa e envolve. O desfecho instiga. Méritos mesmo para os personagens que são ao mesmo tempo fortes e marcantes. O tímido professor, a mais tímida ainda babá, o barão e sua mulher, o pastor e os grandes astros: as crianças da aldeia.

Parece que o povo alemão nunca vai se livrar do fantasma do nazismo. De certa forma ainda procuram se retratar ou pelo menos justificar o que foi talvez o pior momento da história humana. Ainda que o filme seja muito mais que isso. Em nome de uma idéia bonita, de uma ideologia superior, não existe certo ou errado. O filme leva a questionar se o juízo do bem e do mal é certo, e se as conseqüências são justas.

Sobre a trama pouco vou falar. Vale mais aproveitar o filme em um bom cinema e mergulhar nessa tortuosa história que o diretor nos conta. O filme cresce e muito quando assistido na tela grande, é bom não perder a chance.

Nota: 9,5

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Guerra ao Terror



São poucos os filmes de guerra que não são patriotismo piegas ou ação testosterona. Da mesma forma que algumas imagens ainda não me saíram da cabeça, o filme conseguiu algo complexo. Não tomou partido. Não me trouxe uma mensagem do tipo os americanos estão salvando o mundo ou o país de terceiro mundo sofre com a guerra. Nade de mensagens políticas ou mensagens de moral.

De uma forma sutil o filme se aproxima de clássicos absolutos do cinema como Apocalipse Now. Estamos falando da guerra e da maneira doente que ela meche com a cabeça dos soldados. Premissa quase tão simples quanto ao do clássico do Coppola. Se lá o objetivo era: suba o rio e mate o coronel maluco. Aqui o objetivo é, sobrevivam uns dias mais desarmando bombas e voltem para casa.

O protagonista entra em cena logo depois de uma cena de abertura eletrizante, e se mostra avesso ao estereótipo soldado americano. Na verdade é um viciado. O filme alerta, a guerra é uma droga e vicia. Esse é um pobre coitado, que vive em função da adrenalina de desarmar bombas sem proteção ou em situações adversas.

É intenso, chocante e perturbador. Nunca uma câmera de mão foi tão bem utilizada. Aquela filmagem tremida, com cortes rápidos e sem delimitar exatamente o foco da cena é perfeito para compor a atmosfera do filme. É minucioso o trabalho que a diretora faz. Ela procura pintar detalhes na tela a cada segundo, construindo um clima de tensão fantástico. Seja um iraquiano suspeito escondido na janela, ou mesmo uma bomba que definitivamente vai explodir e o protagonista tenta até o final.

A tradução do título não podia ser pior, não existe guerra ao terror, não existe lado ruim e lado bom. Existe um objetivo claro, desarmar bombas. O final quase desanda, mas consegue se recuperar de forma incrível. Não conhecia o protagonista. Jeremy Renner, mas merece as honras de uma atuação soberba. Vale também salvar a cena dos atiradores de elite. Western em sua essência e dirigido a punho de ferro. Talvez se torne um clássico atemporal. Mesmo porque deixa marcas. Merece todos os prêmios e mais.

Nota: 10

domingo, janeiro 31, 2010

Nine (2009)



Existem filmes feitos para o Oscar. Um exemplo é o novo musical Nine. O diretor já havia se aventurado no gênero com o fraco Chicago, e agora com um elenco recheado de estrelas fez uma nova investida. No geral não funciona. Das músicas apenas uma me agradou e as outras nem me lembro direito.

É a história de um diretor de cinema em plena crise de criatividade. Antes de tudo é uma homenagem a 8 ½ do Fellini. Ou pelo menos tenta ser, uma vez que a obra original ainda é uma das grandes da história e esse filme deve ser esquecido tão rápido quanto será sua passagem pelos cinemas.

Não que tudo seja de se jogar fora. Como sempre Daniel Day-Lewis está ótimo e convence no papel do protagonista. E sejamos sinceros haja peito para contracenar com o exercito de divas que circulam o diretor. Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman e Kate Hudson. Sem contar as estrelas de Judi Dench e Sophia Loren.

Das mulheres a melhor mesmo é a Marion Cotillard que canta a única música que realmente me agradou. No seu papel, ela é a mulher do diretor que sempre esteve ao seu lado mas sofre com as traições e a instabilidade sentimental do marido.

Falar da fotografia rodando o filme na Itália chega a ser sacanagem. Sempre é lindo observar as vielas de Roma, as belas fontes e as outras tantas cidades que a Itália tem a oferecer. O jogo de luzes por vezes é óbvio e cansativo, mas existem algumas sacadas boas.

Em suma, um musical com roteiro fraco e com músicas sem tempero fica difícil de agradar. Não chega a ser algo ruim e é acima da média genérica. Só fica aquele gostinho de podia ser bem mais e na verdade foi só uma receita executada a risca sem um pingo de magia.

Nota: 6,5

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Amor sem escalas - Up In The Air (2009)



Eu gosto desse novo cinema que teima em destacar o lado mais amargo das relações amorosas. O ponto positivo do filme para me fisgar logo no começo foi a rotina das pessoas que viajam a trabalho com freqüência. Como me encontro em período da vida que faço isso com uma freqüência até maior do que gostaria, foi bem gostoso ver as cenas filmadas de uma maneira tão gostosa. Fazer as malas, check-in, inspeção de bagagem, e por aí vai. Para começar, ignorem a tradução do título. Só atrapalha.

O protagonista é esse personagem que vive mais em aeroportos do que em sua casa. Que se orgulha de ter passado apenas 47 dias do último ano em casa. E seu trabalho não é nada simples, ele é contratado por empresas para fazer o anúncio de corte de funcionários. O personagem está tão acostumado com a solidão que só ele mesmo para manter a frieza de encarar pais de famílias ou idosos em um momento tão difícil como o de uma demissão.

É engraçado como no início o que ostenta o personagem são seus cartões de fidelidade e vantagens. Tanto é que esse é o mote para o encontro com a charmosa mulher que leva uma vida parecida com a dele. Parece ideal, entre agendas cheias, a possibilidade de um ou outro encontro sem laços mais fortes une os dois.

Tudo se abala mesmo quando a empresa de nosso personagem passa por uma reformulação brusca que irá suspender por completo essas tantas viagens. Com a chance real de ter que se fixar o personagem sente pela primeira vez o que é de fato ficar sozinho. O trabalho de Clooney como protagonista convence. Por ser um trabalho pós Juno, eu acho que não existiu uma real evolução. A verdade é que em questão de envolvimento com as personagens e desenrolar das emoções, Juno era bem mais refinado. Não tirando a boa trama, boas atuações, excelente trilha sonora e mergulho na vida da classe média americana que tanto me encanta.

Nota: 8,5

LUTO OFICIAL
Salinger - Um dos monstros sagrados da literatura.

terça-feira, janeiro 26, 2010

De volta

Bom de volta do Peru. A viagem foi foda. Escapei por pouco do desabamento lá em Machu Pichu! Mas voltando a falar dos filmes que vi na viagem. Grande maioria nas longas viagens de ônibus, raras exceções no hotel quando não tinha o que fazer. Não farei grandes menções porque não teve nada de excepcional.

A Luta Pela Esperança (Cinderella Man) – Filme de 2005 dirigido pelo Ron Howard com o Russel Crowel no papel de um decadente lutador de boxe em plena crise de 29 nos EUA. Não é de todo ruim. É fraco, mas prende e tem excelentes cenas de boxe. Mas para um gênero que já teve Ragging Bull e Rocky, é apenas uma diversão de luxo. Nota: 6,5

Em Busca Da Felicidade (Pursuit Of Happiness) – De 2006, com o Will Smith em um papel bem mais sério do que costuma fazer. Surpresa para a atuação de seu filho, que não faz feio não. Mas no geral um grande melodrama cheio de clichês. Velha história de superação. Só valeu por mostrar a rua onde fiquei hospedado em Frisco. Nota: 5,5

Shrek – Pois é, repetição da boa animação que resgatou o gênero anos atrás. O bom e velho conto de fadas do ogro que salva a princesa das garras do dragão. Adversidades impendem que fiquem juntos, e o final, como sempre, viveram felizes para sempre. Clichê em seu estado fino de arte. (Se o tempo permitir farei um texto mais caprichado deste). Nota: 8,5

Controle Absoluto (Eagle Eye) – Thriller genérico de ação que quiçá salvam os efeitos especiais. Super computador com inteligência artificial articula um grande golpe terrorista aos Estados Unidos e cabe a duas inocentes pessoas salvarem o tio sam. Até tenta esconder um pouco a trama e criar certo suspense, mas o desfecho óbvio e as atuações fracas não convencem. Nota: 4

Batman – Sim o primeiro, original e único. Esse com certeza me esforçarei para dedicar um texto digno da obra. É um clássico. É gótico, é soturno, até hoje o velho Jack é a melhor encarnação do Coringa (Sim, os fãs do Heath que me perdoem). Enfim um filme de herói de quadrinhos como deve ser. Nota 9

Esse começo de ano promete. Tem muita coisa no cinema que eu gostaria de ver. Provável que não consiga ver tudo. A lista é:

Plastic City
Onde Vivem Os Monstros
Amor Sem Escalas
Vício Frenético

Fora a oportunidade de ver Rastros de Ódio e Vinhas da Ira no Centro Cultural.

sábado, janeiro 16, 2010

Vivendo e Aprendendo - Smart People



O pessoal ficou meio baqueado com a altitude de Puno. Então tiramos o dia para descansar. No hotel, com tv a cabo só me restou ver filmes.

Esse estava começando, trilha sonora boa, acabou me fisgando. A tradicional família americana caindo aos pedaços. Não que seja só isso, mas o filme é para se ver debaixo das cobertas. Nada de memorável, apenas a vida simples como ela teima em ser.

Um professor viúvo tenta se relacionar com seus filhos e se perde numa depressão viciosa. Até que uma mulher, uma ex aluna, aparece na sua vida e tudo começa a mudar. O encontro se dá de forma inusitada, o professor leva um tombo, vai para o hospital e lá é atendido pela moça. Isso já aconteceu milhões de vezes no cinema, aqui vemos mais do mesmo com um tempero mais amargo.

Como sempre Ellen Page deu um show. Ela faz a filha do professor. Vale pela trilha e pelas atuações sinceras.

Nota: 6,5

Filmes e as estradas do Peru

Como prometido falarei de todos os filmes de 2010.

Como o mochilão pelo Peru está a todo vapor, muitas horas acabam sendo gastas na estrada, e muitos filmes para superar as tediosas horas.

Ainda não tive sorte, por hora foi: Uma Noite no Museu 2, A Sogra, Anjos e Demônios, Somos Marshall e X-Men: Wolverine. Tenso.

Esses filmes só valem a nota mesmo:

Uma Noite No Muse 2 - Nota: 4
A Sogra - Nota: 2
Anjos e Demônios - Nota: 5
Somos Marshall - Nota: 5
X-Men: Wolverine - Nota: 4

Da viagem conto mais depois com calma. Só tenho a dizer que o Peru é foda!

terça-feira, janeiro 05, 2010

A Trilha



Óbvio. Casal em lua de mel, Havaí, pessoas descoladas, um aviso de que o lugar não seguro, e obviamente os protagonista ignoram o aviso e vão em frente.

O filme não consegue criar aquela tensão que existe em suspenses, porém, também não chega a ser desinteressante de todo. Até o final do filme. Ali o diretor deve ter achado que seria bacana apagar tudo que tinha sido dito até então e mudar a história de oito para oitenta.

Divertido, até que é um pouco, não é nada crível. É apenas um filme de suspense, um ou dois sustos, e nada de memorável. Passa tempo pra se comer com pipoca.

Se não falei muito da estória é porque não tem muito para ser dito mesmo. Só valeu mesmo pelas lindas paisagens das ilhas americanas. Muito verde, praias perfeitas, cachoeiras paradisíacas e tudo mais que se pode esperar do Havaí. Trama fraca.

Nota: 3

domingo, janeiro 03, 2010

Abraços Partidos e Ervas Daninhas

Primeira sessão cinéfila do ano. Percebi que ano passado fui bastante ao cinema, assisti muita coisa e perdi rastro completamente. Este ano quero fazer diferente, quero saber o que eu assisti, o porquê eu gostei ou não e posso fazer isso compartilhando aqui no blog que já estava mais pra lá do que pra cá.



Comecei o ano com Abraços Partidos. Assistindo pela segunda vez, o filme cresceu mais ainda. Pra mim desde já um dos maiores da década. Cinema como não se fazia há muito tempo. Tem suspense, tem uma atmosfera, têm cores, vida, personagens. A verdade é que tem mistério. Como em o Matador lá do início da carreira do diretor.

O personagem principal é muito bom. Um ex-diretor de cinema que largou a profissão depois de ficar cego. É interessante como toda a história da personagem vai se desenrolando durante o filme. O filme se passa em dois planos distintos. Um atual com nosso protagonista cego e outro quatorze anos atrás com a história aparentemente desconexa de Lena, uma jovem vivida por Penélope Cruz, que sofria com um pai com câncer e uma dupla vida de prostituta.

Aos poucos essas duas histórias vão se amarrando, tudo mantendo sempre um detalhe oculto, nunca estamos com a história em mãos. O diretor literalmente brinca com seu público e conduz como bem quer por trama trágica e bela. Um clássico desde já.

Nota: 9



Em seguida, pude conferir Ervas Daninhas, o qual não consegui ingressos na mostra de cinema porém nem tive que esperar tanto assim. Admito desde já que devo muito a este considerado gigante do cinema Francês.

O que logo de cara me chamou a atenção foi a beleza das imagens. Desde as cores saltadas do Cinema iluminado por néon, até os campos franceses, tudo no filme tem uma beleza única. Acho que indo um pouco além, Alain busca nos mostrar que o despojamento e a simplicidade que o cinema francês introduziu ainda funcionam e ainda podem ser argumento para um ótimo filme.

O filme até que demorou pra me fisgar, ao mesmo tempo em que em nenhum momento me fez querer desistir. Ficou ali nesse meio termo, cansativo, porém atraente. Talvez o que fisgue sem chamar a atenção seja o narrador que nos conta a história de maneira bem informal. Esse despojamento singelo, só os franceses conseguem. Muito bom.

Engraçado é como a trama é simples. Uma mulher tem a carteira roubada. Um senhor encontra a carteira no chão. Ambos entram um turbilhão incrível a partir deste fato banal. No começo, praticamente nada acontece. Temos uma brincadeira de postergar a ação ao máximo.

Talvez uma das coisas mais incríveis foi a jovialidade. É difícil dizer que o filme foi dirigido por um cara com mais de oito décadas de vida. Chega a ser ousado até para os diretos mais jovens. Fácil de rejeitar. Mas quem aceita a brincadeira acaba por se divertir muito. Recomendado.

Nota: 8

2009 vi muitos filmes, muita coisa boa. Desde já dois clássicos absolutos de todos os tempos. Abraços Partidos e O Lutador. Pena que não registrei os filmes que vi. 2010 talvez esse blog volte a vida como uma vitrine do que vejo no cinema. Quem sabe?