quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Versos. Tempo #12

Triste de quem não conserva sequer um vestígio de que um dia foi criança. Só de brilhar os olhos, feito criança no natal, ao vê-la, sei que vivo graciosamente. Sou dos que acredita que se uma poesia consegue se auto explicar, não é poesia, algumas coisas foram feitas para não serem compreendidas, apenas vivenciadas. Sei pois a ironia só atinge aos inteligentes. Feliz são os estúpidos, pois esses sim, são intangíveis. Não, não e não, não quero fazer hora até a morte. A vida não é uma sala de espera como muitos fazem proveito. Pois ela, minha raposa, é assim imprevisível, obvia como espero, e sempre escondendo uma surpresa, um novo descobrimento, feito poesia mesmo. Inferno. Como é difícil versar sobre amor. E depois vem o inevitável. Quem é ela? Pois ela é minha poesia, minha raposa. Mas quem? Porém ela vai além, ela é a contínua disponibilidade em se apaixonar dia após dia, cada vez mais perdidamente. Então não verso pra ela ontem, nem para ela hoje. Verso para ela e essa constante capacidade de me encantar. Verso?

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