quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Louca Paixão - Turks Fruit (1973)

Direção - Paul Verhoeven

to bêbado de novo, segunda vez em menos de vinte e quatro horas, porque acabei de assistir a um filme fudido de bom, “Louca Paixão (Turkish Delight)”. de um holandês filha da mãe, não era um europeu qualquer metido a fazer filmes cabeça, era de um cara que entendia das coisas. tive que tomar um trago de uísque depois de tamanha porrada na boca do estômago. um filme que mostra de maneira fantástica o quão insano uma paixão pode ser. o filme não podia ter vindo em hora melhor, pois estou apaixonado, e muito ali me serviu de espelho, não quero errar como no filme, porque ela é especial, eu sei disso. eu sou a porra do garoto extrapola a intimidade da aproximação humana de uma forma nada convencional. quero mergulhar em todos os produtos do corpo humano, sangue, suor e gozo. e se eu colocar flores sobre o seio desnudo de minha amada, saberei que também virão as larvas.

me sinto assistido pelo coração, cérebro e libido de todos os que estão em minha volta, talvez não tudo ao mesmo tempo, mais sim como um mosaico imenso e desconexo. pois falta gravidade quando estou sonhando com um futuro que vai passar de cabeça pra baixo. fico mais do que contente em sentir essa melancolia de quem quer viver uma paixão distante no ontem, e totalmente possível no amanhã. só sei que te amo e não tenho medo de absolutamente nada. eu to bêbado feito um cachorro miserável, mas não tenho vergonha de admitir que mesmo não sendo um velho safado, sou um jovem sonhador. eu acredito na mesmice da eternidade. se é como pequenos momentos de ontem, a desejo mais do que tudo.

it only makes sense when you hit your head against the wall

isso não é uma resenha, nem uma recomenção.
é uma reação do organismo a altas doses de arte.

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