O fim pesa toneladas. Lembro-me do colegial, uma dorzinha chata que prevê a despedida. Acho que no colegial a maior aproximação que existiu entre todos nós foi com o violão. Ou era eu no comando das cordas, o grande Luís, ou mesmo o Paulão. E as meninas cantavam de tudo. Ainda devo saber os acordes de Ironic que era sem duvida uma das mais pedidas. Talvez o fato mais hilário era o Paulão e eu, tocávamos Led Zeppelin e Deep Purple como se fosse recém inventado. E quanta melancolia descabida não jorrava quando puxávamos More Than Words. E digo sem medo, era a coisa mais sincera que podíamos chegar naquele momento. Eu pessoalmente, nunca fui o real músico da turma. Eu era o figurante. Mas adorava ver as meninas soltando a alma em canções e melo românticas. Tinha o grande Daniel também, amigo de todos, ele gostava também de reinventar a roda comigo e com o Paulo, para nós, a descoberta de um lado obscuro de um LP antigo era ouro. Onde será que tá todo mundo? E porque será que bateu essa nostalgia do que já foi? Do velho pátio coberto. Da turma, Samer, Alain, Lucas e o Diego. Obviamente na roda não faltava Wish You Here ou Sweet Child O Mine. Das meninas tinha a doçura da Déia e da Luca, a malandragem da Cibele, e a amizade de tantos outras que minha memória nem de perto se recorda. Lembro que as festas na casa do Dan ou na chácara do Diego tinham uma química de anos 60, nos salões de festa, numa aposta idiota envolvendo álcool, ou no maior frio de minha vida. E como sempre, no violão que encantava as rodas. Stairway To Heaven, sem vergonha, do começo ao fim. Nostalgia. Tempos que passaram e que não vão voltar.
terça-feira, agosto 12, 2008
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