segunda-feira, agosto 11, 2008

É crônico um amor desses. Tô numa dessas. Digo sempre “Eu te amo”, sou sincero. Coação do coração. Irresistível e insustentável diante a tamanha musa...

Queria uma foto dela, seminua, guardaria dentro do meu livro de contos do Tennessee Williams. Abro vez ou outra, leio Um Passatempo de Verão, trilha sonora do Miles... mas ela não se chama Maggie e eu não tenho câncer.

A verdade é que me resta sair na torradeira (meu carro) por aí nesse país enorme, purgar um passado limitado e tosco, viver dez anos e me considerar satisfeito. Sem muita enrolação: parar no porto, ver o mar, comer umas iscas de peixe e tomar uma cerveja, tudo isso acompanhado pela minha gata.

P.s. 1: Uma isca de peixe a beira mar sem compromisso com nada é bom demais. Temperada com um limão e com o pé enfiado na areia. Bons ventos.

P.s. 2: Ando sofrendo de falta de tesão com a atual safra de livros que estou lendo. Comecei (novamente) Trópico de Câncer, já me deu no saco, esse cara não me convence. Mas vou até o fim. Ontem eu li um dos contos do Cortázar. Nele existe uma metáfora bonita sobre a solidão. Somos árvores, troncos estáticos e isolados, no máximo nossos galhos fazem um leve contato com outros galhos. Acho que é isso, a diferença está no valor que damos a esses galhos.

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