terça-feira, setembro 09, 2008

Linha de Passe, Vanguart e Calcinhas no Varal.

Uma garoa fina, minha garota com a pele mais cheirosa que eu poderia pedir, um show competente dos caras do Vanguart e a Clarah Averbuck bebendo vinho no gargalo com a filha no colo. Uma boa maneira de começar a semana.

Umas rapidinhas:

Linha de Passe: Delicado. Sútil. Um soco. A uma semana atrás fomos assistir Nossa Vida Não Cabe Em Um Opala. Bom. Ela gostou mais. Eu gostei. Essa semana fomos ao Linha de Passe. Muito Bom. Eu gostei mais. O outro é mais porrada, é mais bruto. Esse é mais centrado nas pequenas sutilezas que vida alguma consegue explicar. Aqui o final fez toda a diferença. Anda. Cacete! Até agora a voz do cara na minha cabeça. Fé barata e safada, mas fé é fé e em alguma coisa eles tem se segurar.

Quando é que a vida passa a ser sofrida demais pra levar adiante? É fácil se manter nas leis impostas pelo sistema, quando temos um pão e manteiga na mesa. Tantos e tantos seres humanos são obrigados a se desligarem dos sonhos porque a vida não dá espaço pra tal. Não digo sonhos do riqueza, não. Mas um sonho como a Elis cantava, uma casa no campo, para os amigos, pra sua música. Muitas vezes queremos pouco, e mesmo assim não temos chance. Achei esse filme foda. Tecnicamente perfeito, e de uma sutiliza pesadíssima.



Calcinhas no Varal de Sabina Anzuategui. Existem livros que acontecem de cair em suas mãos no momento certo. Certa vez, li em algum lugar obscuro da rede que um cara tinha matado um ladrão que invadira sua casa e ao ao ser detido na delegacia passou a noite numa cela, no dia seguinte respondeu em liberdade a questão de legítima defesa. O fato é que ele tinha recém comprado O Estrangeiro e pode levar o livro para a cela, o qual devorou durante a madrugada. No dia seguinte era um novo homem. Imaginem o efeito de ler o estrangeiro logo após cometer um homicídio? Ler Calcinhas no Varal para mim teve um efeito parecido uma vez que algumas passagens do livro me fizeram muito sentido. É um ótimo romance. Recomendo.



Vanguart. Realmente é uma banda ao vivo. O disco até hoje não me fisgou com gosto. Agora ao vivo ouso dizer que não arrisco perder shows. Os caras sabem o que fazer em cima do palco sob a luz da ribalta. Agora mais literalmente impossível, eles estão fazendo uma série de shows no Teatro Décio Almeida de Prado. Procurem aí no Google e tentem ir no próximo. Vale a pena. O evento chama Vanguart para menores e é justamente oportunidade para galera mais nova que não pode comparecer nos eventuais shows de madrugada que a banda faz lá no Studio SP. Boa iniciativa.

Nenhum comentário: