Acho que o maior problema é sempre achar que o sinal está fechado para quem é jovem. Falta perspectiva de beijar o amor na lua ou me encantar como canta coração partido. E doí uma dor chata saber que ainda vamos ser os mesmos amanhã e que não vamos aprender nada com sabe-se lá quantos anos de história. Talvez eu esteja por fora mesmo, ou inventando história pra boi dormir, mas eu digo que são os outros que doem por terem acreditado em não se perder por aí e hoje estão sentados em seus sofás mofados ao bem dará.
Seria algo como uma chuva desproporcional. Daquelas que fazem a noite cair sobre o dia feito cachoeira, que trazem todos aqueles espectros banhados pela luz boêmica do centro da cidade me levando a crer tudo que eu posso fazer é aquilo que faço. Um sonho com a volta do amor partido em cometa alado mesmo que trazendo uma esperança pungente e tortuosa. Correndo ou galopando na ribeira como caipira inocente e simplório, aonde estará o trem dos peões sem montaria? Será que descasando ou dando trela ao acaso vamos chegar lá? Como não sou um rapaz de reza tudo que me resta é travar monólogos interiores. Será que existe mesmo o gosto do fruto que ainda está por germinar? Esse mergulho doentio e a cegas contra o concreto amarelado do eu interior é fuga pela falta de espaço e pelos dias tão longos.
Perdoem por tantas lamúrias e tanta falta de afeto. Inumanidade é o que mais me parece humano a se fazer em dias tão caóticos como os de hoje. Ainda que a falta de ar e falta de sorrisos delicados sejam presságio de névoa densa a caminho, ainda sim passaremos a limpo e diremos que tudo vai valer a pena. Pois quando quebrarem as correntes faremos a festa por todos, assim que lavarem a cara e largarem a ganância tão humano. Então sim colheremos os frutos a tão esquecidos. Então me digam qual é o gosto da banana com mel e sorrirei com gosto de canela.
terça-feira, dezembro 11, 2007
Natal, Vodka e Aquarela Desbotada
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