Sendo um cara que trabalha. Eu devia ter um senso máximo de responsabilidade e dever com o futuro do meu país. Devia, ou melhor, foi isso que ouvi a pouco o meu chefe dizendo para o meu colega. Engraçado que ele trabalha cem vezes mais do que eu. Passo o dia ziguezagueando entre música, mercado livre e tentativas frustradas de comprar algo. Sim, um vício incurável, porém contido. Não tendo dinheiro pra gastar tudo fica muito mais fácil. Está vendo, dinheiro! Tudo se resume a essa palavrinha maldita, se antes existia a tuberculose, depois a cólera, aids, tantas doenças que detonaram tanta coisa, porque nunca meter a boca nas agências bancárias? no dinheiro que só gera desconfiança e intrigas? Cacete, porque raios trabalho se penso tudo isso? Eu nem sei direito, mas uma vez mergulhado nessa merda, não tem muito o que fazer acho.
E nisso fico eu, aqui, perdido num cubo no meio do coração dessa máquina mercante e gasto meus dedos e minha criatividade com textos e mais textos. Um dia vão sacar a sacanagem e me chutam pra fora. Até lá...
É eu acho que sou um puto totalmente psicopata e doente. Mesmo com a minha cabeça latejando e o sono batendo forte. Insisto em passar as noites entregues aos livros e o trabalho entregue ao ócio. Acho que esse tempo que vou passar longe de computadores vai me fazer um bem e tanto. É só isso que desejo, passar um tempo longe de computadores em sua essência. Quando muito deixa-lo num canto com a única função de vitrola ou vídeo cassete.
A sorte é estar totalmente obcecado por certa mocinha, isso sim, isso vai me ferver o sangue me jogar num quarto perdido no meio do nada. A adoro o som dela dando pra mim com gosto! Salve o sexo, salve o álcool e salve a isolação da sociedade.
Essa loucura toda me levou a lembrar de uma noite que sai, estava me jogando num porão ao som de Le Tigre e uma doida, cabelo chanel e vestido vermelho me atacou, dançava comigo e se oferecia. Eu, com minha moralidade duvidosa ataquei e desejei ela. Ela sumiu... depois de um tempo, passei a busca-la... Morrissey... e nada do vestido vermelho... Yeah Yeah Yeahs... e nada do vestido vermelho... Strokes e lá estava ela. Desfalecida, totalmente bêbada num sofá próximo ao bar. Uma das mocinhas perdidas pela noite... me lembrei disso nem sei o porque. Sei que me dou muito por feliz de estar em outra agora. Estar embarcando em umas loucuras de outra forma e de outra espécie.
Ok, um adento. A balada era o DJ Club, a moça de vestido vermelho, depois provado a teoria de que as pessoas cool se conta em uma mão, era prima da irmã da amiga do batera da banda. Foi assistir um ensaio e ficou toda inibida ao me ver, possivelmente lembrava parcialmente do que havia cometido algumas noites atrás e como estava menos alterada, não conseguiu encarar a realidade. É a realidade é muito pra uns. Novamente afirmo, sorte minha encarar algo como estou encarando com peito aberto e sabendo muito bem se tratar de realidade cravada a ferro quente na pele. Não é só sexo, é algo muito maior.
Ps. A insanidade será redobrada quando o processo de uma nova casa estiver mais próximo.
terça-feira, maio 20, 2008
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