Um dos grandes baratos de morar com alguém, acho eu, é acordar e ir tomar um café com pão e queijo depois de uma noite devassa de sexo. Mas quer dizer que tudo se resume a sexo? Não, não é só sexo, tem todo o lado cool da coisa, tem o papo de química e de pele e tudo mais. Tem os filmes, a música, Stones e Bowie, ou Amy e The Coral, que seja, tem os seriados e a cumplicidade em dormir juntos pelados sem necessariamente pensar no sexo. Mas fatalmente, o sexo com quem amamos a qualquer momentos é um atrativo e tanto.
É aquela coisa, acordar, centro da cidade, abrir a janela e dar de cara com uma neblina cobrindo a massa cinza. O inevitável que seria ter um pote de amendoim e diversas cervejas na geladeira. Toda aquela personalidade que a casa vai adquirir, os cantinhos, a decoração. O prazer quase inexplicável que é ter a garota que você ama, pronta para lhe fazer uma massagem nas costas quando você precisar. E num domingo que estiver dando bobeira, assar uma costela no forno enquanto viramos cervejas e ouvimos Teenage Fanclub. E provavelmente descobrir que na esquina de casa, trabalha um senhor velhinho, que vende cachorro quente, daqueles prensados e com tudo que se tem direito. E por causa das baladas, ele passa a madrugada toda ali. Então, meio da noite, num intervalo entre a trepada e o filme antes de dormir, descer e traçar um cachorro quente sem pressa ou desespero quanto ao fim do dia. Pois no dia seguinte terá mais. E naqueles típicos dias de São Paulo, quando não parar de chover, madrugada a dentro poderemos conversar sobre livros e bobagens.
segunda-feira, maio 19, 2008
Como será?
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