terça-feira, julho 29, 2008

O primeiro sonho foi praticamente uma alucinação da qual não vou conseguir montar nexo algum: eram dois rapazes sem rosto, sem personalidade ou sem alma, dois figurões que bem podiam ser eu e você ou ciclano e fulano. Mas a imaginação e foda, mesmo que toda a personalidade desses indivíduos tenha se perdido, restava algo. O irreal: eram dois fantoches, de meio metro de altura e um terno florido. Mutilavam-se. Porra, não era um delírio, era um sonho bastante real. As marionetas brigavam e jogavam madeira, pano e sangue de fantoche para todo o lado.

Infelizmente, quando acordei dei um tiro a queima roupa nesses dois belos seres sem existência. Toda a pequena história deles foi abruptamente cortada e assassinada. Um pequeno porém costumeiro assassinato. Queria assumir meu delírio de ser humano sem o sentimento de culpa pela falta de compreensão.

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