segunda-feira, agosto 13, 2007

Carta de Despedida.

Tenho me encontrado muito triste, as vezes sinto que meu coração está tão batido e tão usado, que já é velho demais para se partir, e nessas horas eu tenho achado o aconchego da solidão. Mesmo sabendo que em um mundo de tantos solitários é extremamente egoísta, ser solitário sozinho. Minha vida gira em torno dessa magia, desse momento único que vai ser pintado no ar como uma tela de Van Gogh, porém assim como um quadro, se ele for rasgado, ou modificado, ele não existe mais, a magia da criação, da assustadora tela em branco que oprimi o criador até que este vença seus demônios e faça sua maior obra de tarde, essa magia se perde e não volta, pode ser até algo romântico demais de minha parte. Mas o mundo está cheio de conformados, e eu não vou ser mais um deles, busco o quase impossível, o quase inumano fato de achar em um segundo, aquele segundo que seu coração para de bater, o sentido do resto da vida.

A vida é um sacrifício caro, agente paga a cada segundo morrendo um pouco, não quero estar morrendo, imaginando que vou me conformar e aninhar no colo mais próximo. As violetas podem romper as rochas? No meio deste mundo tão distorcido e assustador, eu acredito cegamente, quase que como uma religião, que sim, as violetas podem romper as rochas, e assim como eu e você, um dia vamos romper e acharmos a peça que falta.

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