segunda-feira, dezembro 08, 2008

Como diria o Galera em seu último romance, eu queria que o português tivesse uma palavra para definir aquele momento que seu coração quase para, a respiração falta, a tensão e a satisfação são tamanhas que atônico você não consegue nem pensar. Se existisse uma palavra que traduzisse isso, seria o resumo do meu estado ao terminar de ler o mais novo romance de Daniel Galera. O cara é um gênio mesmo, dessa nova geração Internet é de longe o melhor. Cordilheira é simplesmente fantástico.



E o novo filme do Garrel? A Fronteira do Amanhecer. Estreou esse final de semana, seguindo a mesma escola, o francês prática sua arte no preto e branco, nos curtos planos sequências e na força da emoção. Intenso. Febril. O quão diferente da loucura é o amor? Não sei. É de quase se surtar ao longo do filme, um fotografo que se apaixona por uma atriz. Acontece que a mente dela é um turbilhão caótico. O fotografo por excelência busca capturar o plano perfeito e ela dentro de sua sanidade não esparramasse por todos os lados, foge do plano. Em vários momentos me peguei sem saber o que acontecia, porque de maneira sensacional o diretor busca deixar você no ar. Deixar você sem entender tudo daquela mulher tão complexa. Muito bom.

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