sabe de uma coisa, às vezes tudo está em um estado de suspensão. nessas horas, paro e penso comigo que nesse ano aconteceu tanta coisa em meio a pouca ação. uma bagunça desgovernada em forma de raposa, e eu estou feliz com essa bagunça toda. eu já passei por muita bosta e também por muita coisa boa, já foi a época de andar por aí todo cheio de si, e de me arrastar pelas calçadas de qualquer beco do centro. já foi também o tempo de desequilibrado e sozinho tropeçar a cada esquina e ter o carro cheio de gente vazia. eu já chorei, já sofri e já tentei me matar. uma coisa que nunca deixei de ser é
eu mesmo. me armei até os dentes para defender e nunca deixar de ser quem eu era. cheguei a ser o cara mau, que não gosta de pessoas, o típico elemento chato que tem seus amigos e não quer saber do resto. caguei se alguém acha isso um lixo. eram minhas convicções. eu não preciso de nada que eu não acredite. aí veio essa garota, me desarmou com seu sorriso maroto e eu me questionei se estava perdendo a identidade.
não, eu apenas estava deixando alguém entrar na minha vida, e isso foi difícil pra cacete. e eu sei. eu tenho um punhado de amigos que me entendem, e eu entendo a eles. não precisa falar muito, a gente simplesmente se olha, e está tudo ali. eles sabem, eu sei, ela sabe. porque antes de tudo, ela virou minha amiga número um. há pouco mais de um ano, eu andava em total desequilíbrio.
tomava meus remédios,
misturava com álcool e encarava a vida totalmente descentrado de minha razão. tinha esquecido quem eu era. isso é a pior coisa que pode acontecer com qualquer um. e ela me ajudou a me encontrar. e foi como se de repente as coisas fizessem sentido. claro que faziam sentido antes também; era eu que estupidamente virava a cabeça para o lado errado, a minha vida voltou a ser minha. sem nevoeiro ou nuvens passageiras, eu passei muito tempo de pé sozinho. e aprendi bastante com isso. e ficar de pé sozinho é o primeiro passo pra aprender a viver com outra pessoa. depender emocionalmente de alguém sem saber lidar consigo mesmo é a morte.
eu tô numa urgência imensa de viver. muito grande. de tentar tudo, de viver tudo, e de ser tudo. e tudo tem ela do meu lado, como fiel companheira. ainda bem, que tenho razão e paciência, não quero botar tudo a perder. sorte é ter a alma pronta pra qualquer porrada. esse ano, foi um ano do cacete!
segunda-feira, dezembro 15, 2008
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