Ontem tava escutando Neil Young e arrumando meu canto. Neil é demais. Tava escutando o disco da época em que o guitarrista de sua banda, e grande amigo, morreu por causa das drogas. Nesse disco, “Tonight's The Night”, tem uma música: “Mellow My Mind” ela vai assim, Baby mellow my mind, Make me feel like a schoolboy on good time, Jugglin nickels and dimes, Satisfied with the fish on the line. E é verdade, acho que saquei o que o Neil queria dizer, a busca pela simplicidade. Felicidade nas entrelinhas. Acho que é o que ando espremendo de quase todo grande artista. Não sei, esses dias deixaram um comentário, gostaram da minha banda, e falaram que é folk, Mallu Magalhães, pô, a menina usa fraudas ainda, ela e nada na história da música ainda são a mesma coisa. Fico triste pelo povo, por essa geração 00 que usa a internet como média de conhecimento. Eu queria que essa galera se tocasse que o mundo aconteceu antes, que nossa significância é mínima perante a tanta coisa que já rolou. Mas duvido que eles deixem o conforto de seus computadores, aonde a informação veio picotada, vem facilitada, algumas linhas basta. Duvido que troquem isso por um livro, que requer dedicação, requer paixão ao ler. Infelizmente, as pessoas ainda não se entregaram de peito aberto a vida. A grande maioria se contenta em estar entre a massa, mugindo, e regurgitando qualquer merda despejada pelos grandes colunistas culturais do país. É uma pena, saber que todos andam e tropeçam nos próprios pés. É uma pena a pessoa se contentar com o novo 007 e não reverenciar a grande cinema (de ação mesmo) de tempos atrás.
Vivemos em plena época do resumo. Incentivado pelas próprias instituições educacionais. Em tempos que Luciola é literatura obrigatória para vestibular, não resta muita escapatório se não buscar o resumo, a escola resume a cultura ao necessário para o vestibular. A faculdade resume a cultura ao necessário para o reconhecimento perante ao MEC. A família resume a cultura ao isolamento. Para os país, ignorantes que babando precisam de seu valium em forma de televisão em horário nobre, a saída é hipnotizar os filhos em vícios inocentes. Porque raios proibir a maconha e permitir que o gado paste em frente a novelas e tele jornais cada vez mais alienadores? Não adianta falar muito, não é um texto protesto. É um lamento. É uma triste conclusão que poucos estão prontos pra vida. E a vida se adaptou a isso, não é mais necessário correr atrás das coisas. Basta o resumo dos capítulos da semana.
Eu preciso descansar, o Neil ainda tá cantando com alma e corpo nos falantes. Mas pouco adiante, sua voz é abafada pela ignorância geral que se encontra o mundo. Uma das minhas resoluções para 2009 é estimular aos que estiverem próximos a ler algo, a correr atrás de alguma coisa. Não sei se vai adiantar algo. Já fiz alguns milagres, e isso me deixa orgulhoso. Eu na verdade nem lembro das resoluções do ano passado. Eu espero continuar meu sonho vivido com a minha garota. Meu desejo principal está aninhada em meus braços, só quero que isso continue assim.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
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