Direção - Peter Berg (Nada que eu tenha visto)
Esse filme tinha tudo para ser bem ruim, não tinha cogitado de forma algum assisti-lo, tendo em vista que estou com um bocado de coisas pra fazer e mais um belo punhado de filmes engavetados pra assistir, porém existem situações em que abrimos exceções; um amigo de infância, que anda afastado pelas dificuldades que a vida profissional coloca e que raramente bate a agenda com a minha para marcar algo, lhe convida para ir ao cinema, comer algo e bater um papo, ao chegar no cinema, o único filme relativamente interessante é este além de ser o único que estava em um horário agradável. Foi dentro dessa situação quase onírica que acabei caindo de para-quedas em uma das novas salas da rede Cinemark no shopping Eldorado. Devo ressaltar que as salas estão de um capricho magnífico, ótimas poltronas, uma ótima tela, som muito bom, além da promoção que qualquer sessão essa semana até o dia 29 sai por seis reais. Mas enfim vamos ao filme.
Primeiramente me animei ao ver que era algo do Jamie Foxx que já havia debulhado em todos os sentidos ao interpretar Ray Charles no mais do que excelente "Ray". Não é uma atuação de gala como a anterior, porém Jamie se mostra versátil e convence no papel do agente especial do FBI. Infelizmente como muito do que nos é jogado por Hollywood, não temos um desenvolvimento bom das personagens e ficamos mais presos a trama e ação do que qualquer elaboração maior. Mais talvez o maior pecado seja que o filme passa o tempo todo em cima do muro, não é um thriller de ação nem um suspense policial, é mais para aqueles genéricos que tentam ser modernos. Para explicar melhor vou exemplificar: começamos com muita ação jogada na tela de forma frenética, então temos um longo e denso momento de manipulações políticas para se chegar ao fim que temos um sessão a la Rambo. Não que essa lógica nunca funcione, porém, quando não dado o devido enfoque e cuidados nas emendas, acabamos tendo algo forçado e que aparentemente amador.
Agora existem méritos sim, começando pelo fato que tenho dormido muito pouco, e em momento algum tive sono! Uma vitória para Berg, em segundo momento, o que é mais importante foi a forma muitas vezes humana que retrataram os Árabes, coisa que os americanos as vezes esquecem. Agora se existe um grande momento, digno de ser visto por muitas e muitas pessoas e que com certeza paga o filme e redime de toda a falta de sentido e cenas de ação aparentemente gratuitas é o final, não vou contar claro, porém as duas ultimas frases são de um impacto que a bastante tempo não é visto. Enfim diversão pipoca com uma boa mensagem no final.
terça-feira, novembro 27, 2007
O Reino - The Kingdom (2007)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário