Direção - Sean Penn (O ótimo Sobre meninos e Lobos e Unidos pelo Sangue)
Um excelente filme que mostra belas paisagens e trata da vida, sem grandes elucubrações. Não vou me prender a história, a qual é muito mais interessante embarcar sem o menor conhecimento prévio. Foi o melhor filme da Mostra de Cinema e concorre fácil ao menor do ano, batendo de frente com grandes como Lynch e Cronenberg.
Primeiro irei fazer a sessão de rasgar elogios. É um filme lindo, tocante, me fez chorar em algumas passagens de pura inspiração. Está tudo lá, no roteiro e nas atuações, tudo bastante humano e real, as relações frágeis e ambíguas, tudo extremamente simples e real, talvez muitos não considerem isso um ponto forte, porém eu acho extremamente difícil de se achar e quando feito na medida certa é sublime. Nada soa artificial ou sem vida, é tudo bastante orgânico e de uma sutiliza cativante. É o melhor trabalho de Penn.
Vemos pinceladas de Terence Malik, algo de Werner Herzog e um pouco de Ken Loach. E não achei o filme longo, como algumas pessoas comentaram, na verdade, acredito que para uma jornada de tamanha magnitude, é de fato necessário passar por tudo que vimos no filme. Ao final da sessão, vi muitas pessoas saindo emocionadas.
Aspectos técnicos ficam até um pouco ofuscados diante a tanto coração e alma colocados em um trabalho. Me encantei com as atuações, com as locações, com as belas tomadas de silêncio, com a trilha que acrescenta e não distrai, alias a trilha foi composta por ninguém menos do que Eddie Vedder, seu primeiro trabalho solo. Filmaço que deve ancorar em outros cinemas depois do furacão da Mostra.
Quanto ao cinema, que venha 2008.
segunda-feira, novembro 05, 2007
Into The Wild (2007)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Fui vê-lo ontem...e como tu , fiquei comp'letamente envolvida no filme. Um dos melhores que vi ultimamente sem dúvida.
Postar um comentário