Tenho saudades, saudades de quando era eu contra o mundo. Tinha uma fúria invejável. A vida hoje pra mim é tão fácil, tão caótica, tão difícil, triste! É tudo tenso demais. Hoje me peguei até mordendo a boca por dentro. Eu to com medo. Não sei se sou eu o mundo. Eu não estou mais comigo. Ou estou. Eu sei que o mundo caga regras pra cima de todos. Eu não sei se quero viver sob tudo isso. Mas porra tenho sonhos também. Minha casa, meu canto. Viver do que eu gosto. E caralho eu to conseguindo de certa forma isso. E mesmo assim, me bate um puta desespero dessa casa de cartas despencar com um sopro. Eu não tinha nada a perder, era um porra louca, agora eu tenho e muito a perder. Tá ótimo, agora eu tenho uma vida! Mas que merda eu faço com ela? A verdade é que talvez seja só uma recaída com as pilulas. Mas estou aqui não? Trabalhando, seguindo adiante? Pra aonde? Não sei. Eu ando pensado muito, e escrito pouco. E verdade seja dita, as pessoas estão cada vez mais loucas. Tá tudo muito louco, muito punk mesmo. Foda-se. Não sei se quero pensar na sociedade agora. Sinto que devo segurar as pontas, não quero perder o que já tenho.
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Um comentário:
Como disse Drummond 'O mundo não vale a pena, mas a pena não existe. É tudo como se fosse, ou que se fora, não era... O mundo não vale o mundo.'
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