terça-feira, novembro 18, 2008

Sabe, quando toda a zona passar, vamos sair na chuva? Me deu uma puta vontade de me jogar na chuva, unicamente pelo puro ato de me jogar. Uma vez o batera da banda, o Edu, se jogou no meio de uma puta chuva que caiu durante um ensaio. Ficou lá, feito criança; eu, o baixista e a ex esposa dele, lá, parados na porta da cozinha. No fundo estávamos com uma puta inveja, ele estava lá livre, tomando chuva e sendo o que queria. Nós, acho que por uma manipulação totalmente inconsciente não fomos, medo? Pneumonia? Errado? E a roupa depois? Enfim, vários fatores de merda para seguir um manual de como se viver. É isso que me salta nos olhos hoje. Porra, eu e minha garota nos amamos, verdadeiramente, e não temos que perder tempo como discussões de ponto de vista. Principalmente eu, que sou cabeçudo demais. Nada de tempestade pré anunciada. Essa de organizar a vida da maneira correta não existe. Sempre existirão divergências, e o verdadeiro tesão está em saber lidar com elas. Enfim, quanto mais abrimos os olhos, mas nítido são as cordas que nos prendem. A cada esquina existe um limitador, uma regra intransponível. A própria sanidade é uma merda, uma doença que todos temos e somos obrigados a engolir e adotar como padrão de vida. Se já é difícil fazer isso sozinho, imagine de pronto e feito, seguir a grande bíblia em uma vida a dois. Impossível. Então, o jeito é sair na chuva, deixar a água varrer seu corpo todo, foda-se não vamos conseguir ser livres por completo. Pelo menos, vamos ter noção da grande merda armada e viver da melhor forma que nos permitirem.

2 comentários:

Ana Carolina disse...

Preciso lavar a alma.

le fou disse...

Nao da pra ser totalmente livre na realidade, mesmo pq nem sempre temos coragem pra tal. Entao pelo menos sejamos livres dentro de nossa propria caxola. Então nem caia nessa chuva, imagine ela sobre sua cabeça, com o tempo você acaba acostumando, e ainda tem a vantagem de ninguém poder censurar suas aventuras intelectuais, enfim, livre e sem consequencias de atos imaginados.