sábado, agosto 08, 2009

EUA - 0.1

27 mil pés de atitude, lá em cima, com o tempo horrível e o avião sacudindo demais eu achei que ia morrer. Era caminho de Minnesota para Nova Iorque, os dias ali na pacata cidade de Minneapolis tinham sido curtos e bucólicos. Me perdia olhando para o rio Mississipi, logo ali, onde ele nasce e ainda é extremamente limpo. Pensava em como seria bom estar no mesmo lugar em companhia especial que ficara no Brasil.
Tomava uma ou outra cerveja, por hora, Blue Moon a minha favorita. E caminhando a esmo por uma pequena praça me deparei com uma banda tocando, sol, pessoas sentadas, crianças brincando, e porra, é disso que eu sinto falta. É verdade, os americanos, venderam um sonho, the american way of life, porém eles não querem empurrar uma besteira qualquer, eles simplesmente em alguns aspectos sabem muito bem o que é viver de forma boa, você sua família e seus amigos.
Fiquei realmente meio emotivo enquanto aquela lata velha se debatia nos céus e ameaçava mergulhar em uma última e vertiginosa queda. Pensei várias vezes que ainda quero eu, minha garota, e um lugar assim.
O avião fez seu pouso, como esperado, em La Guardia, um aeroporto para vôos locais em NYC. E logo que coloquei o pé pra fora, pude sentir o ritmo pulsante da capital do mundo. Tomei o Q33 ali mesmo na frente do aeroporto, joguei alguns cents numa espécie de funil e a luz verde. Sentei ali perto da porta e comecei a ver uma cidade com casas bonitas, ruas limpas, mas ainda não era NYC. Peguei o metrô no ponto final e sacudi naquele clássico tantas vezes representado no cinema. Sem muita noção das coisas, saltei na Canal St. e quando alcancei as ruas estava no meio do que vemos todos os dias na TV. Prédios de entortar pescoço, os taxis amarelos e as pessoas andando apressadas, com grandes copos de café na mão. Mais uma vez um aperto no peito, eu ali, e minha garota longe, porém sem muito tempo para pensar, avistei meu hotel do outro lado da rua. E então comecei meu primeiro dia na capital do mundo...

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