Estou cruzando a América do Norte de costa a costa em um avião cheio de chineses e crianças birrentas. Nada contra os chinas, o problema é que os filhas da mãe trouxerem duas malas grandes para cada membro da família de sete. E enfim, as pessoas deviam aprender a despachar as malas, deve ter bastante espaço no compartimento de carga.
Lá se foi uma semana em Boston. A saudade aperta, sinto falta da minha garota e da minha casa. Acho que sinto mais falta ainda da casa que ainda está por vir. Meu canto, meu teto, minha mulher lá dentro. Fiquei literalmente no meio do nada durante essa semana. Em uma cidade chamada Acton. Quarenta minutos de Boston, suficientes para tornar o lugar chato, parado, e completamente sem vida.
Durante o treinamento minha cabeça ficava longe: hora na minha mulher, hora na minha futura casa, ou vezes em qualquer bobeira mesmo. Pouco fiz que realmente acrescentasse em algo. E mesmo assim passei com louvor na prova. Os caras lá não sabem de nada. Se tivesse medido meu esforço em aprender, eu estaria perto de zero. Enfim, o Phil é um cara bacana, durante muito tempo viveu de música, hoje vende segurança de computador, tem uma harvley e parece viver uma vida boa ali no meio do nada.
Uma das piores coisas de viajar de avião é dividir o apoio de braço. O chicano de merda sentado ao meu lado, faz questão de botar o braço lá e tirar o meu. Se as leis fossem mais favoráveis eu dava um tiro na cara dele.
Ao chegar em Frisco quero ver se começo alguns hábitos mais saudáveis. Quero fazer um pouco de exercício, uma caminhada é um bom começo. E quem sabe comer mais vegetais e coisas do tipo. Ainda faltam três horas e essa lata velha não para de sacudir. O idiota ocupa o apoio de braço e eu realmente quero voltar pra casa e para a minha garota. Vou tentar dormir um pouco.
segunda-feira, agosto 17, 2009
Entre Boston e San Francisco
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