Já andei esse terminal inteiro umas três vezes. De ponta a ponta deve ter uns quinhentos metros. Já passei pela loja de revistas e pela cafeteria inúmeras vezes. Agora que me rendi ao tédio e sentei na cafeteria fiquei observando esse aeroporto imenso e como esse lugar é triste. Totalmente transitório, não guarda nenhuma peculiaridade.
Pedi um café sem gosto, mesmo odiando cafés, e pedi um cookie. Me fez lembrar os tempos lá nos Estados Unidos. Os aeroportos por lá são verdadeiros shoppings e nunca faltava o que fazer ou ver. Pelo menos dava pra se perder em livrarias imensas ou nas delis com os deliciosos baguels.
Não que sejam acolhedores, os aeroportos lá são tão impessoais quanto os daqui. Mas como tudo com o pessoal lá de cima, o dinheiro ameniza o sentimento de que seu tempo está sendo totalmente jogado fora.
O café acabou em três minutos e meio, e o biscoito não durou muito mais do que isso. Ainda me faltam três horas pro avião decolar. Tédio, tédio e tédio. A mensagem robótica sobre a gripe suína já virou um mantra.
Esqueci de citar que levei uma bronca danada por dormir feito um mendigo no banco do saguão. Estava uma delícia, apoiei a cabeça na pasta e a papelada e esse tijolo de notebook eram o mais perfeito dos travesseiros. Mas, nesse país, um trabalhador descansar não pode agora invadir a fazenda de roubar terras pode. É barbudo filha da puta, sua hora tá chegando.
I got my mind set on you! I got my mind set on you.
São quase 17h. Se o por do sol não cegasse meus olhos seria uma vista bonita.
sexta-feira, setembro 11, 2009
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