sábado, fevereiro 10, 2007
terça-feira, fevereiro 06, 2007
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
#32 - A Secretária
A SECRETÁRIA (2002) é o primeiro filme escrito por Erin Cressida Wilson e isso o torna mais curioso, pois é uma estréia bastante ultrajante até para os padrões do cinema atual. Quando acabei de ver o filme corri para saber do diretor, roteirista e elenco; foi uma surpresa e tanto ver que se tratando de diretor e roteirista eram bastante novos e não tinha muitos filmes nas costas, no caso do roteiro, era um roteiro de estréia.
A atuação de Maggie Gyllenhaal já vale o filme, além de uma atriz linda que já havia participado de Donnie Darko, Adaptação e o Sorriso de Mona Lisa, ela faz um papel extremamente complexo e consegue atingir vários níveis de profundidade com sua personagem bastante complexa.
Visto de uma maneira mais singela o filme é uma história de amor, onde a personagem de Maggie se interessa por seu chefe, vivido por James Spader (lembro dele em um papel em Stargate, o primeiro filme). O filme claro oferece muito mais do que uma relação entre secretária e patrão, ele se aprofunda na cabeça conturbada da jovem vivida por Maggie.
Gostaria de propor algo diferente aos que não viram o filme: se reservem de maiores comentários ou resenhas do filme e assistam. O fato de conhecer o tema principal antes do filme me estragou um pouco o que teria sido o impacto da situação central.
Nota: 7,5/10
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
#30 - Texto.
Douglas Kim, foi meu professor de inglês 10 anos atrás, achei ele por acaso nos blogs da vida, o link está ao lado, e não é que o cara arrasou em ótimo texto aqui citado?
Da próxima vez, avise os peixes
Não o sinto como um fardo que seja obrigado a carregar, assemelha-se mais a retornar à própria casa, encontrar uma mulher, dormir com ela. O suicídio é a mulher que dorme ao seu lado. Certa vez, um desgraçado que conhecia me viu sorrindo com um copo na mão em um bar. Ele sabia dessa mulher e não perdeu tempo “Está feliz?” “Isso não importa, está sempre por aí.”, respondi. Nunca deixo de pensar nela. Recentemente, resolveu mudar de vez e se instalar aqui. Não mudou a rotina, de modo algum, estava acostumado com a sua presença. Porém, igual a um casamento, a convivência às vezes fica insuportável, como nesses últimos tempos, o que me levou a pensar em separação. “Você sabe que só há uma maneira de nos separarmos.”, ela disse. O que possuo e desejo tem se reduzido ao mínimo. Isso inclui o que tenho a dizer. Saio de casa para não ficarmos a sós, mas sempre a encontro. Basta entrar em um bar, ela estará sentada no balcão; no supermercado, postada no caixa ao lado. Outro dia nos encontramos no correio “Enviei um cartão de aniversário para você, espero que receba.” Devemos sempre ser gentis com quem se preocupa conosco. No último domingo, estava me preparando para uma pescaria e ela perguntou “Você acha que os peixes estarão lá?” “Por que não estariam?” “Se eles não souberem que devem ser pescados, não estarão lá.” Naquele dia voltei com as mãos vazias. Ao chegar em casa, ela baixou o livro que estava lendo e disse “Eu falei com os peixes, eles não sabiam, eu não lhe disse?” Larguei a vara ao lado da pia, tirei as botas e deitei na cama. Ela me abraçou e sussurrou “Da próxima vez, avise os peixes.”