Juliet Naked. Um disco de um músico recluso. Imaginem o Salinger lançando um livro depois de anos e anos de reclusão em sua cabana nas montanhas? Ou imaginem que o Jeff Buckley não morreu, vive até hoje em uma pequena casa no leito do Rio Mississipi, e lança algum material do nada?
O imaginário de Hornby era puro declínio depois de Alta Fidelidade, a idade chegou e a energia se perdeu. Talvez ele tenha encontrado paz em meio as demônios e não precisava mais esvaziar a alma. Eu pedi a um amigo que escrevesse um blog. O cara detonou, foram alguns meses de textos de primeira. Ele se apaixonou e aquietou a alma. O blog? Puro lixo agora.
Hornby voltou em grande forma com esse novo livro. Livro? Do disco, do músico recluso, sobre o amor sem ser romântico, um quê de 500 dias com ela. Sobre o crescer e não achar sentido, não rumar em direção de algo. De envelhecer sem fazer memória de algo. De não viver um grande amor, ou de não achar um grande amor. De tantas outras coisas. O livro é foda. Essas frases desconexas dizem mais do que um texto estruturado.
Uma volta ao blog? A volta do Hornby a boa literatura?
E essas pessoas? Surpreendendo sempre da forma mais inusitada. Estou com uma azia de matar e quero falar de outras coisas. Quero falar sobre 500 dias com ela, quero falar sobre outros livros e mais música. Me cobrem, não quero perder esse espaço.
terça-feira, novembro 10, 2009
Juliet Naked
Marcadores:
literatura
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